sábado, julho 28, 2007

Nossos governos na TV

1) Noticiário de duas semanas atrás sobre os primeiros R$ 210 milhões (de um total de R$ 1 bi) que o governo do Estado vai receber do Banco do Brasil por conta da incorporação do Besc. Aí o apresentador foi discriminando o que o se vai fazer com essa primeira parcela: R$ 60 milhões vão para a segurança - imagens de viaturas policiais passando; R$ 10 milhões vão para a saúde - imagens de gente largada pelos corredores dos hospitais; R$ 10 milhões vão para a educação – imagens de criancinhas comendo a gororoba da merenda; 50 milhões para infra-estrutura - imagens de asfaltamentos e de cidadezinhas aí pelo interior, e os restantes 80 milhões vão para.... para.... a reforma da Ponte Hercílio Luz. Porra, mais de um terço da verba vai pra ponte (E olha que semana passada morreram 3 nos hospitais de Floripa por falta de atendimento)! O que já botaram de grana nessa reforma (que já se arrasta por mais de 20 anos) daria pra construir umas 4 outras pontes.
Antes eles disfarçavam, pelo menos.

2) Noticiário da semana passada sobre a visita da Delegada Vergara à Câmara Municipal de Florianópolis por conta da Operação Moeda Verde. Ela estava lá sentada, os vereadores fingindo que não sabiam as respostas para o que perguntavam e ela fingindo também que não sabia que eles sabiam. Bom, toda aquela encenação rolando e eu só prestava atenção em uma coisa, um objeto disposto à frente da policial: um copo de cristal com um brasão do município. O pessoal da nossa câmara, a PÚBLICA, que, diga-se de passagem, é uma das mais caras do país, tem entre seus mais de 200 (é isso aí mesmo, mais de DUZENTOS) funcionários pessoas que se ocupam de organizar licitações (pelo menos deveria ser por licitação) para a compra de copos com o brasão do município impresso.
O último a sair, que roube a lâmpada.

quarta-feira, julho 25, 2007

Surf Music II

Em um daqueles dias de sol de outono, quando já está meio frio mas a luz é perfeita. Tás vindo do sul da Ilha, após horas de matadeiro e de almoço em algum buteco do Pântano do Sul. São 5 horas da tarde e o sol está se pondo.
A loura, uma turista sueca de quase dois metros que conheceste na noite anterior, vai agarrada ao teu pescoço. Na altura do Morro das pedras, ela se depara com todo aquele visual, puxa a tua cara e diz com aquele sotaque: "Acho que te amo". Aí, tu olhas pra ela e falas: "quié isso, galega, olhó...
E o som que rola no toca-fitas está AQUI .